The Outsider segue avançando a passos lentos, mas que constroem a unidade da série. Entretanto o Ep. 8 traz algumas revelações, além de finalmente ter a aguardada virada no arco de Ralph.
Apesar da série continuar perdendo tempo com personagens secundários sem importância, como o policial ex-militar que tarda a ir na missão ou o irmão de Claude sendo preso, ela finalmente traz uma complexidade maior para o seu vilão.
Ao invés de aparecer como um mal maior apenas, “El Cuco” ganha um tom animalesco que justifica as suas ações. Ele é um ser vivo querendo sobreviver, sem consciência, faz o que é necessário. Dessa forma, destruir famílias e se alimentar de crianças viram algo aceitável se pensarmos que o metamorfo não tem o senso de julgamento igual ao dos humanos.

Além disso, o episódio acerta ao trabalhar melhor algumas dinâmicas de personagens, sobretudo a relação mais próxima agora entre os dois protagonistas: Holly e Ralph.
Finalmente Ralph começa a acreditar no sobrenatural e se desprende do ceticismo que o mantinha em eterno sofrimento pela perda do filho. O personagem, assim, passa de alguém descrente pela vida para uma pessoa que volta a viver.
Outro destaque é como o cerco de Holly começa a funcionar efetivamente, já que pela primeira vez o monstro comete um erro. Ele se precipita em um lugar público e quase é pego.
Porém, o que mais me chamou atenção foram algumas escolhas da direção, que podem parecer simples, mas agregam ao episódio. A começar pelo posicionamento da câmera no banco de trás do carro na conversa entre Holly e Ralph. Dessa forma, a direção nos transporta para o local e é quase como se a gente tivesse descobrindo secretamente o que está sendo dito ali.
Outra é a escolha de “mostrar” primeiro o monstro se alimentando apenas pelo chocante edição de som contribui para essa ideia animalesca que o “vilão” adquire no episódio.
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